Já conheci muitos países, por conta dos dois intercâmbios que fiz e também devido ao meu trabalho, que tem me levado a nações, digamos, diferentes como Angola, República Dominicana, Panamá e Líbia. Uma país, porém, por algum motivo misterioso, teimava em não aparecer na lista de lugares visitados: a Argentina. A proximidade geográfica, a passagem barata e o real valorizado não surtiram tanto efeito. Porém, graças mais uma vez às andanças profissionais, enfim tive o prazer de conhecer a terra de nuestros hermanos.
Buenos Aires pode não ter a marca de cidade do mundo, como tem São Paulo, e não ter as estonteantes belezas naturais do Rio, mas é uma metrópole encantadora. Doa a quem doer, é, de fato, uma capital diferente de todas a que estamos acostumados a ver na América do Sul. Tem ares europeus, avenidas largas, prédios antigos imponentes, muitas pracas e simpáticos cafés e restaurantes cujas mesas se esparramam pelas calçadas. Uma cidade que convida o turista a andar e vivenciar suas ruas na plenitude. Não por acaso, boa parte do comércio acontece nas ruas, em lojas e galerias que se espalham por avenidas como a Cordoba e Santa Fé e ruas como a Florida. Para os preguiçosos de plantão, não há o que se preocupar. Além dos sistemas de metrô e ônibus, os táxis da Argentina são bem em conta.
Ao contrário do que se costuma bradar aos quatro ventos, o argentino gosta sim do brasileiro. Ou, pelo menos, em tempos de crise econômica e necessidade expressa de turistas, finge muito bem gostar. A gentileza dos mais próximos é também recorrente entre garçons, taxistas e atendentes de hotel. Não raro, eles arriscam - ou mesmo falam com algum talento - o português, num gesto de gentileza. Naturalmente, isso é algo que não se repete quando se trata do futebol, capítulo em que os argentinos e os brasileiros de fato se odeiam. Ao passar por Rosário, simpática cidade que fica a beira do Rio Paraná, fui pego de surpresa com um bom sinal. O estádio onde o clássico mais importante do futebol mundial vai acontecer, no próximo domingo, é decorado pelo verde, amarelo e azul. Cores do Rosário Central, que podem trazer alguma sorte para a Seleção de Dunga.
Um comentário:
Voce disse tudo...tive as mesmas impressoes suas apos visita a Buenos Aires!!
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