terça-feira, 20 de março de 2012

Saborosa exceção


Nas minhas andanças gastronômicas por São Paulo, sempre tentei variar o máximo possível, para quem sabe diminuir a gigantesca lista de restaurantes que quero conhecer. Lista que aumenta em uma razão geométrica e que tenho dificuldade de cumprir, afinal um regime se tornou mandatório para mim nos dias de semana. Fim de semana, porque não sou de ferro, estou liberado para algumas aventuras, mas existem várias outras coisas para fazer que disputam espaço na agenda.

Seguindo a clássica exceção à regra, surgiu o Epice, que fica nos Jardins. Ele virou o restaurante que quero sempre voltar, como já fiz quatro vezes. O local é sóbrio, o serviço impecável e a comida deliciosa. O cardápio enxuto só aumenta meu anseio por voltar e conhecer todos os pratos. Poucas coisas me dão mais prazer do que um belo prato de comida, ainda mais quando preparado com esmero por um chef com cabeça inventiva e tendo às mãos os melhores ingredientes. Essa confiança no preparo dos pratos é um incentivo para escolher um diferente a cada vez. A fidelidade ao restaurante deve só aumentar, pois soube que eles estão estudando a adoção de um menu degustação.

Só não consigo variar mesmo na sobremesa: uma tarte tatin dos deuses que quebrou dois paradigmas para mim. O primeiro era que torta de maçã não entrava nunca na lista de sobremesas possíveis. O segundo que sobremesas não são essenciais para uma refeição completa. Costumo passar numa boa sem elas, mas sem a tarte tatin do Epice ainda não consegui. Um restaurante que conseguiu me deixar plenamente satisfeito em todas as vezes que fui. Por isso, mesmo sabendo que não é considerado o melhor de São Paulo, o Epice é hoje o meu favorito.

* Na foto, a sensacional barriga de porco do Epice.

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