segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
A mulata deles
Tenho plena noção do risco que estou correndo. Minha "fama" de roqueiro, meu livre andar pelas ruas do Rio Vermelho baiano e pela Rua Augusta em Sampa, a relativa credibilidade dos tempos em que era jornalista de cultura - tudo isso pode ficar na berlinda, pelo menos para alguns. Mas não há como negar que minha obrigação de (ex-) repórter de Cultura é escrever com sinceridade. No sábado passado, fui ao show de Beyoncé no estádio do Morumbi, em São Paulo. Não criei muita expectativa, coisa que geralmente não consigo fazer. Quanto mais um evento se aproxima, mais ansioso eu costumo ficar. Pois bem, não é que a morenaça americana fez um show de primeira, um verdadeiro espetáculo? Com a segurança de quem hoje é uma das maiores vendedoras de discos do mundo, Beyoncé demonstrou ter completo domínio do público e hipnotizou os presentes. No exato momento em que ela entrou no palco, todos esqueceram que ali estivera a cantora mais famosa do Brasil, Ivete Sangalo. A partir dali, era só Beyonce que importava.
O primeiro impacto do show veio com o telão impressionante cobrindo todo o fundo do palco. De fato merecedor do título de alta-definição, o aparato visual da turnê "I am..." é assustador e traz uma Beyoncé gigantesca para os fãs. Não importa em que ponto do estádio você está, ela vai te dominar. O bom som, alto e límpido (diferentemente do show de Ivete), colaborou ainda mais para a plena fruição do público.
Entendo perfeitamente aqueles que não gostam da música da artista americana, mas não curtir o espetáculo desta noite em questão parecia algo improvável para quem admira os grandes eventos. Bonita, sensual, ótima cantora e excelente dançarina, Beyoncé ainda montou uma banda só de mulheres, instrumentistas de qualidade. Duas baterias e um jogo de percussão colaboraram ainda mais para a potência do espetáculo, que durou cronometradas duas horas. Após todos os sucessos tocados, a simpatia esbanjada, as brincadeiras com a platéia, a emoção que não conseguiu disfarçar frente as mais de 60 mil pessoas, Beyoncé provou que hoje é uma estrela de escala mundial. Só uma pergunta persiste: o que diabos ela viu no rapper bad boy Jay Z?!?!
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Um comentário:
“Só uma pergunta persiste: o que diabos ela viu no rapper bad boy Jay Z?!?!”
Eu respondo: Jay Z, um famoso e veterano rapper americano, também é um grande empresário. Em 2003 Jay Z se encarrega de colaborar no primeiro single e vídeo solo de Beyoncé (Crazy in Love) o qual se torna um mega sucesso da cantora e consagra como uma das grandes artistas da atualidade.
Jay Z é aquela espécie de sapo que se beijado não se transforma em príncipe, mas quem o beijou certamente virou princesa. Convenhamos que seja preciso ter vocação para São Jorge, ser caçador de dragões. Beyoncé poderia ser protagonista do filme “Como Treinar Seu Dragão”...
Abs,
Ci Drummond.
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